A culpa é da Unreal Engine 5 ou das desenvolvedoras de jogos?

A Unreal Engine 5 chegou com a promessa de revolucionar o mercado dos games com gráficos realistas, sistemas de iluminação avançados e ferramentas acessíveis até para iniciantes. Mas, na prática, o que temos visto são jogos pesados, mal otimizados e com inúmeros problemas de desempenho. Afinal, a culpa é da engine ou das desenvolvedoras?

O que a Unreal Engine 5 trouxe de novo

Entre seus principais destaques estão o Nanite, capaz de gerar objetos 3D extremamente detalhados, e o Lumen, sistema de iluminação dinâmica que promete realismo cinematográfico. Essas ferramentas chamaram a atenção, mas também aumentaram consideravelmente o peso dos jogos.

Problemas de desempenho em jogos recentes

Títulos como Black Myth: Wukong, Hellblade II, Final Fantasy VII Rebirth e até Wuchang: Fallen Feathers têm sido alvos de críticas pela má performance. Mesmo em PCs de ponta, os relatos de stutters, quedas de FPS e crashes são constantes.

A culpa é da Epic ou dos estúdios?

Segundo Tim Sweeney, CEO da Epic Games, o problema não está na engine, mas sim na falta de otimização dos desenvolvedores, que focam primeiro em entregar visuais impressionantes em hardwares potentes e deixam a performance para segundo plano. No entanto, muitos estúdios apontam que a própria Epic não oferece suporte suficiente para lidar com a complexidade do Nanite e do Lumen.

O fator tempo e experiência

Vale lembrar que a Unreal Engine 5 tem pouco mais de 3 anos de mercado, enquanto grandes jogos levam o dobro desse tempo para ficarem prontos. Assim como ocorreu com gerações anteriores, é possível que a otimização só aconteça no final do ciclo, quando os desenvolvedores realmente dominarem as ferramentas.

O realismo acima da diversão?

A corrida por gráficos ultra realistas muitas vezes atropela o que realmente importa: gameplay e diversão. Um jogo não precisa ser fotorrealista para ser bom. Grandes títulos independentes provam que arte estilizada e mecânicas criativas podem superar qualquer gráfico de última geração.

Conclusão

A Unreal Engine 5 é sim uma ferramenta poderosa, mas também é pesada e complexa. A culpa não é apenas da engine, nem apenas dos desenvolvedores. É um conjunto de fatores que inclui pressão por prazos, falta de suporte técnico, ambição por realismo gráfico e tempo de aprendizado. Com maturidade e experiência, ainda podemos ver a UE5 entregar jogos memoráveis — ou será que a Unreal Engine 6 chegará antes disso?