Diretor de Kingdom Come critica Obsidian pela falta de evolução em seus jogos

Daniel Vávra, diretor de Kingdom Come: Deliverance, expressou críticas contundentes à Obsidian Entertainment após finalizar The Outer Worlds 2. Em publicação nas redes sociais, o desenvolvedor afirmou estar decepcionado com a falta de evolução nos títulos do estúdio, mesmo após mais de uma década de experiência e com o apoio financeiro da Microsoft.

Vávra avaliou o jogo com nota 7 e destacou o que considera um estagnação criativa: “Terminado. 7/10. Mas é triste ver que o estúdio e as pessoas que criaram um dos meus jogos favoritos, Fallout: New Vegas, não conseguiram, mesmo depois de 15 anos e com todo o dinheiro da Microsoft, apresentar uma única nova mecânica que realmente levasse essa fórmula adiante”.

Segundo ele, a Obsidian parece presa a um modelo antigo de design, sem incorporar sistemas modernos de mundo vivo ou simulações complexas. O diretor desafiou seus seguidores a apontarem alguma mecânica realmente nova em The Outer Worlds 2 que não existisse em clássicos como Fallout ou Deus Ex.

“Me deem um mundo dinâmico e simulado, verdadeira não-linearidade, algo além de loot boxes, dutos de ventilação e telas de carregamento. Quero ver o gênero evoluir”, escreveu o desenvolvedor, demonstrando frustração com o que considera a falta de ambição da indústria em inovar nas fórmulas de RPG.

Apesar das críticas, alguns jogadores concordaram com o ponto de vista de Vávra, elogiando sua franqueza e cobrando mais ousadia de grandes estúdios apoiados por gigantes como a Microsoft. Outros, porém, defenderam a Obsidian, destacando que o estúdio mantém o foco em narrativas profundas e escolhas significativas, ao invés de reinventar o gênero.

O post completo de Daniel Vávra pode ser conferido no perfil oficial do diretor no X (antigo Twitter), onde ele compartilhou suas impressões acompanhadas de trechos do jogo e uma reflexão sobre o futuro dos RPGs narrativos.