Jogos que falharam em derrubar o World of Warcraft

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MMOs que prometeram derrubar o WoW
Alguns MMOs chegaram prometendo o trono — o WoW sobreviveu. Foto: divulgação.

Notícias Publicada em 13/10/2025 por Adolfo A. Coradini

Teve uma época em que todo novo MMO vinha com a mesma promessa: "este é o jogo que vai derrubar o World of Warcraft". Grana pesada, trailers épicos e promessas de mecânicas revolucionárias — mas, no fim, muitos desses candidatos não resistiram. Aqui reunimos os maiores casos e explicamos por que o hype não foi suficiente.

Contexto: por que era tão difícil derrubar o WoW?

O WoW explodiu em popularidade após o lançamento (2004) e consolidou um modelo: acessibilidade, atualizações constantes e conteúdo pensado para longo prazo. Quando um jogo chega com hype, vender cópias é uma coisa — reter jogadores é outra. Muitos concorrentes pecaram em otimização, conteúdo de longo prazo e decisões de gestão.

Age of Conan (Funcom) — potência inicial, manutenção fraca

Age of Conan bateu forte no lançamento com ambição técnica e temática adulta. Porém, bugs, exigência de hardware e falta de conteúdo consistente minaram a retenção. O jogo até atraiu muitos de início, mas faltou polimento e roteiro de longo prazo — resultado: migração de jogadores de volta ao WoW.

Warhammer Online (Mythic / EA) — PvP promissor, lançamento cortado

Criado por veteranos de MMOs de PvP, o Warhammer Online prometia guerras épicas por território. O problema foi o corte de conteúdo no lançamento, bugs de balanceamento e servidores vazios após picos iniciais. Mesmo com uma comunidade fiel, o título não teve fôlego para se manter frente ao gigante da Blizzard.

Aion (NCSoft) — sucesso asiático, dificuldades no Ocidente

Aion foi enorme na Ásia graças a combates aéreos e estética marcante. Mas, no Ocidente, o ritmo grind e problemas de balanceamento afastaram públicos casuais acostumados ao pacing do WoW. Ajustes tardios e mudança para modelos free-to-play amenizaram, mas não retomaram a promessa de "matador do WoW".

Rift (Trion) — ideias boas, execução dividida

Rift trouxe eventos dinâmicos e sistema de classes flexível — inovações que influenciaram o gênero. Ainda assim, problemas de otimização, gestão de prioridades da editora e falta de foco em atualizações de longo prazo reduziram sua base de assinantes depois do pico inicial.

WildStar (Carbine) — ambição, mas conteúdo insuficiente

Feito por ex-funcionários do próprio WoW, WildStar tinha combate ágil e um dos melhores sistemas de housing do gênero. Contudo, ataques DDoS no lançamento, decisões de servidor equivocadas e pouco conteúdo fora do endgame fizeram a base evaporar rapidamente, levando ao fechamento dos servidores.

“Concorrentes modernos” e o caso chinês

Houve também tentativas mais recentes, inclusive produtos chineses que tentaram preencher lacunas regionais deixadas por decisões comerciais (ex.: saída temporária do WoW em mercados). Alguns surgiram com visual e fórmulas parecidas, mas problemas como pay-to-win, mapas curtos e conteúdo raso impediram a consolidação global.

O que todos esses casos têm em comum?

  • Sucesso inicial ≠ sustentabilidade: vender muito no lançamento não garante público fiel.
  • Falta de roadmap: sem um plano de conteúdo contínuo, o jogador vai embora.
  • Problemas técnicos: bugs, lag e otimização afugentam a comunidade.
  • Modelo de negócio: decisões de monetização mal executadas criam raiva e deserção.

MMOs que venceram sem tentar “matar” o WoW

Vale notar que nem todo MMO que não derrubou o WoW foi um fracasso absoluto. Final Fantasy XIV, Guild Wars 2 e The Elder Scrolls Online seguiram caminhos distintos e hoje ocupam espaços consolidados — mostram que existe espaço para concorrência saudável, desde que o projeto tenha visão de longo prazo.

Conclusão

O rótulo de "WoW killer" vende jornal e cliques, mas a verdade é que manter um MMO é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Bugs, cortes de conteúdo, más decisões administrativas e modelos de monetização mal calibrados explicam por que tantos candidatos promissores não conseguiram derrubar o trono. Enquanto isso, o WoW segue — com tropeços — graças à escala, conteúdo contínuo e uma base fiel.

Quer saber mais? Comente quais desses jogos você jogou, qual lembrança tem do lançamento e se, pra você, existe hoje um candidato capaz de realmente desafiar o WoW.


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