“Use e deixe os advogados resolverem”: Glen Schofield defende IA nos games

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Glen Schofield defende uso de IA nos games
Glen Schofield acredita que a IA é o futuro do desenvolvimento de jogos.

Notícia publicada em 19/10/2025 por Adolfo A. Coradini

Glen Schofield, criador de Dead Space e ex-diretor de Call of Duty, voltou aos holofotes ao defender publicamente o uso de inteligência artificial no desenvolvimento de jogos. Durante sua participação na GamesCom Asia, o veterano afirmou que a IA representa um investimento essencial para o futuro da indústria.

“A nova onda está chegando”

Schofield incentivou os estúdios a adotarem a tecnologia sem medo: “Primeiro, vamos treinar todo mundo com IA. Essa nova onda já está aqui”, declarou. Para ele, o aprendizado com IA é inevitável e benéfico: “Você experimenta, aprende e cresce com isso”.

Ele também minimizou as preocupações sobre custos e riscos: “Não é um grande investimento — é o investimento certo”, afirmou, destacando que empresas precisam preparar suas equipes para essa nova realidade tecnológica.

“Artistas já fazem isso há anos”

Ao comentar as críticas de que a IA roubaria empregos criativos, o desenvolvedor foi direto: “Todo artista conceitual já faz photobashing há 5 ou 10 anos. Isso não é novidade”. Segundo ele, a IA apenas amplia ferramentas que já existiam, e muitos artistas utilizam referências externas para compor suas obras.

Schofield também citou o próprio Pablo Picasso para ilustrar sua visão: “Bons artistas pegam emprestado, grandes artistas roubam”. Para ele, a arte sempre se alimentou da criatividade coletiva e da reinvenção.

“Use. Deixe os advogados resolverem.”

Mesmo reconhecendo questões éticas e de direitos autorais, Schofield acredita que a evolução é inevitável: “Use. Deixe os advogados resolverem. Isso vai se ajustar com o tempo.”

Ele revelou que utiliza suas próprias pinturas e desenhos para treinar modelos de IA, criando prompts mais personalizados, mas ressaltou que mesmo quem não faz isso deve experimentar e aprender.

Visões divergentes na indústria

Enquanto Schofield adota uma postura ousada, outros criadores têm uma abordagem mais cautelosa. Hideo Kojima, por exemplo, disse recentemente que vê a IA “como uma aliada”, mas prefere utilizá-la em tarefas mecânicas e repetitivas — não na criação de ideias originais.

Essa diferença de visões reflete o momento atual da indústria, que ainda busca equilibrar inovação tecnológica com preservação artística. Uma coisa, porém, parece certa: a IA veio para ficar, e sua presença nos jogos será cada vez mais marcante.

Conclusão

A fala de Glen Schofield reforça o debate sobre o papel da IA nos games. Enquanto uns temem a perda de identidade criativa, outros enxergam uma oportunidade de revolucionar o processo de desenvolvimento. No fim, como disse o próprio criador de Dead Space, talvez o tempo — e os advogados — definam os limites dessa nova era.


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