Glen Schofield, criador de Dead Space e ex-diretor de Call of Duty, voltou aos holofotes ao defender publicamente o uso de inteligência artificial no desenvolvimento de jogos. Durante sua participação na GamesCom Asia, o veterano afirmou que a IA representa um investimento essencial para o futuro da indústria.
“A nova onda está chegando”
Schofield incentivou os estúdios a adotarem a tecnologia sem medo: “Primeiro, vamos treinar todo mundo com IA. Essa nova onda já está aqui”, declarou. Para ele, o aprendizado com IA é inevitável e benéfico: “Você experimenta, aprende e cresce com isso”.
Ele também minimizou as preocupações sobre custos e riscos: “Não é um grande investimento — é o investimento certo”, afirmou, destacando que empresas precisam preparar suas equipes para essa nova realidade tecnológica.
“Artistas já fazem isso há anos”
Ao comentar as críticas de que a IA roubaria empregos criativos, o desenvolvedor foi direto: “Todo artista conceitual já faz photobashing há 5 ou 10 anos. Isso não é novidade”. Segundo ele, a IA apenas amplia ferramentas que já existiam, e muitos artistas utilizam referências externas para compor suas obras.
Schofield também citou o próprio Pablo Picasso para ilustrar sua visão: “Bons artistas pegam emprestado, grandes artistas roubam”. Para ele, a arte sempre se alimentou da criatividade coletiva e da reinvenção.
“Use. Deixe os advogados resolverem.”
Mesmo reconhecendo questões éticas e de direitos autorais, Schofield acredita que a evolução é inevitável: “Use. Deixe os advogados resolverem. Isso vai se ajustar com o tempo.”
Ele revelou que utiliza suas próprias pinturas e desenhos para treinar modelos de IA, criando prompts mais personalizados, mas ressaltou que mesmo quem não faz isso deve experimentar e aprender.
Visões divergentes na indústria
Enquanto Schofield adota uma postura ousada, outros criadores têm uma abordagem mais cautelosa. Hideo Kojima, por exemplo, disse recentemente que vê a IA “como uma aliada”, mas prefere utilizá-la em tarefas mecânicas e repetitivas — não na criação de ideias originais.
Essa diferença de visões reflete o momento atual da indústria, que ainda busca equilibrar inovação tecnológica com preservação artística. Uma coisa, porém, parece certa: a IA veio para ficar, e sua presença nos jogos será cada vez mais marcante.
Conclusão
A fala de Glen Schofield reforça o debate sobre o papel da IA nos games. Enquanto uns temem a perda de identidade criativa, outros enxergam uma oportunidade de revolucionar o processo de desenvolvimento. No fim, como disse o próprio criador de Dead Space, talvez o tempo — e os advogados — definam os limites dessa nova era.
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